Do meu Tio alfaiate
Fica a recordação
Dos traços brancos
Nos tecido por cortar.
Das linhas soltas do alinhavo.
Da fita métrica no pescoço a decorar.
Do meu Tio pescador,
Ficou a emoção.
Das tardes perdidas sem um toque.
Esperas na pedra sem peixe e sem sorte.
Do meu Tio de Lisboa,
Fica a lembrança.
Da colecção de canários,
Em gaiolas nas paredes como armários.
Do meu Tio António
Fica a imagem
Do seu sorriso.
Das suas mãos.
Das tardes alegres
Dos debates entre irmãos.
De quem era primo ou enteado.
Por que caminho ia, vinha ou era levado.
Do meu Tio António...
Ficou a recordação
E um "até sempre" com emoção!
:))))
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