sexta-feira, janeiro 11, 2013

… morreu…

Já tinha avisado.
Já nos tinha dado sinais.
Descuramos.
Não ligamos.
Não era nada demais.
Mas o dia chegou.
E para sempre se apagou.
Estava sempre ali sempre à mão!
Talvez sinta alguma culpa,
Mas faz de mim culpado?
Não!

Com ele não privei tanto como outros.
Se privasse, punham-me rol dos loucos.
Morreu!
Numa nuvem de fumo,
Sem nunca mudar de rumo.
Morreu!
Quem nos aquecia o corpo,
Com a sua presença.
Morreu e está morto.
Executada a sentença.
Morreu,
O sempre pronto,
Quem nunca se queixou.
Morreu,
Porque o tempo fez o tempo.
Morreu!
Porque se cansou!
Morreu somente,
Sem apelo.
Morreu,
O nosso fiel
Querido…
… secador de cabelo.

ER 11-01-2013

2 comentários:

  1. ...não tenho medo da morte
    mas sim medo de morrer
    qual seria a diferença
    você há de perguntar

    ...é que a morte já é depois
    que eu deixar de respirar
    morrer ainda é aqui
    na vida, no sol, no ar

    ainda pode haver dor
    ou vontade de mijar..."


    Que me perdoe Gilberto Gil, por desperdiçar tão belo excerto de um poema, com um utensílio tão banal...eheheheh

    Tudo bem por aqui, Edu??

    :))

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