Ando aqui às voltas com as rimas.
Doí-me a cabeça e ando meio à toa.
Procuro portas, frestas, pinas.
Uma coisa que a alma não roa.
Mas que porra! Falta de musa.
Até o estômago está embrulhado.
Será porque estou sem tusa?
Será que o iogurte estava estragado?
Rimo o Saborosa com o Gomes,
Rimo a Carolina com a Raposo.
Rimo calhau com pedra pomes,
Rimo o prazer com o gozo.
Uma varanda batida pelo Sol.
Um vento que deixou de correr.
Sinto-me desfalecer, inerte, mole.
Como quem está prestes a morrer.
A cabeça doí-me.
O corpo está a gritar.
A alma treme,
Pede para a masturbar.
Espremo o cérebro,
E nem pinga saí.
Grita por sonhos,
Sem dizer um aí!
O coração bate lento.
Mas não pára.
Espera por um momento.
Coisa rara.
Formigueiro na ponta dos dedos.
Um dormência na língua.
Acabaram-se os medos.
Ficou o espírito à mingua.
Ando às voltas com as rimas.
Tenho mais baixos que cimas.
Tenho mais rabos que crinas.
Sorte! Comigo não opinas.
O excremento rola no chão.
E não consigo me desviar.
Dou-lhe sempre um encontrão
Quando não estou a olhar.
Ser inteligente,
Ao ponto da estupidez.
Um língua dormente,
Dos poucos sims e dos talvez.
Ando com a rimas às voltas.
Ando com as voltas rimadas.
Ando cheio de pontas soltas.
Para o lado das caras viradas.
Cinco números para ser infeliz.
Mais duas estrelas para o inferno.
Vivo uma vida onde sou aprendiz.
Numa estação que é sempre Inverno.
Ando com a rimas embrulhadas.
Ando sem sair do lugar.
A lado nenhum são as chegadas.
Onde as partidas estão por marcar.
Já não rimo,
Suprimo.
Nesse caso sugiro uma boa fuga para a frente. O pior é que não tenho sugestões, quanto a destinos.
ResponderEliminarEpah...andas-t a sair com umas poéticas...o excremento rola no chão...nao é qualker um k se lembrava disto!!!
ResponderEliminartambém queria meter no papel
ResponderEliminaraquilo que realmente sinto
mas sei, que no escrever sou cruel
fantasio imenso e sei..
sei que minto.
minto..
minto sem querer
mas sai-me assim,
fluente a tinta a correr
por sentir aquilo que não sinto.
Fico raivosa da vida
que no papel desenhei,
e acabo por ser inserida
na dor que a outros roubei.
Mas no fundo, no fundo, no fundo..
..e tão bem que diz o povo;
donde provém o fumo há fogo,
e a minha doença é a descrença
da razão por que vim ao mundo.
Ando de gatas no chão
ando a latir como um cão
e mio..
como uma fata com cio.
Com nada me contento,
nada faço, nada produzo
o dia todo é um desalento
sou uma rosca sem parafuso.
Ando à toa desnorteada,
sem saber o que fazer
descabida, desmotivada,
sem fazer rigorosamente nada
daí a razão do meu escrever.
Palmas Nena!
ResponderEliminarPalmas!
... muito bom!
Arranja um blog e escreve!
merci..mas ler-te é outro gozo.
ResponderEliminarsmak!